Em fevereiro começa o processo de montagem e produção do mais novo espetáculo teatral do Grupo Teatro Total: "Capitães do Morro". Uma clara referência e, ao mesmo tempo, uma homenagem a um dos mais populares romances do escritor Jorge Amado, Capitães da Areia. Embora o enredo seja diverso do livro, a história se passa no morro, tendo como pano de fundo o tráfico de drogas.
O espetáculo é retrato e alerta porque trata da disseminação da droga no Rombudo de Cima e traz à tona um debate sobre os principais impactos do consumo assustador de entorpecentes na comunidade. Não é, nem de longe, uma apologia ao crime. Pelo contrário, relata, através da arte, como a vida nos parece injusta e o destino selado, ao tratar de vidas abandonadas à própria sorte.
"Montar "Capitães do Morro" é o ponto de partida do Teatro como veículo fomentador do debate, conduzindo a plateia a um desfecho inesperado e a viva esperança de que ainda exista indignação, solidariedade e compaixão", afirma o autor do texto, Pawlo Cidade. "A peça recorre a padrões clássicos de narrativa, nos quais há o envolvimento característico e intenso da plateia com a trama como a fragmentação temporal e a montagem criativa", conclui.
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